Como não bastasse não haver caminho certo
Os espelhos desconcertam a imagem refletida
Certos caminhos desconcertam espelhos
Que refletem a imagem que há, e não basta.
Nos olhos, segredos guardados na alma
Despida no espelho diante de olhos
Que vêem somente o que quero enxergar
E enxergar, eu quero somente o que vêem
Os olhos do espelho, que guarda segredos
Da alma agora nua
Como não bastasse ser um labirinto
As coisas saem do lugar
Como não bastasse estar perdido
Passa-se a desconhecer o conhecido
Duvidar de si
E aderir o certo ao irreal
Passa-se a temer o som
Que fez viver
Nos olhos, segredos guardados na alma
Despida no espelho diante de olhos
Que vêem somente o que quero enxergar
E aniquilam o medo escondido
Na alma esquecida no espelho
Por amor ou desleixo
Mostrem-me só o que quero enxergar
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