sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Como não bastasse não haver caminho certo
Os espelhos desconcertam a imagem refletida
Certos caminhos desconcertam espelhos
Que refletem a imagem que há, e não basta.

Nos olhos, segredos guardados na alma
Despida no espelho diante de olhos
Que vêem somente o que quero enxergar

E enxergar, eu quero somente o que vêem
Os olhos do espelho, que guarda segredos
Da alma agora nua

Como não bastasse ser um labirinto
As coisas saem do lugar
Como não bastasse estar perdido
Passa-se a desconhecer o conhecido

Duvidar de si
E aderir o certo ao irreal
Passa-se a temer o som
Que fez viver

Nos olhos, segredos guardados na alma
Despida no espelho diante de olhos
Que vêem somente o que quero enxergar

E aniquilam o medo escondido
Na alma esquecida no espelho
Por amor ou desleixo
Mostrem-me só o que quero enxergar